Ex-governador Sérgio Cabral é condenado a 14 anos e 2 meses de prisão
Publicado em 13/06/2017 às 13:55 – (Foto:FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi
condenado nesta terça-feira (13) a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio
Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A sentença foi proferida pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro (12 vezes) em processo a que ele
responde no âmbito da Operação Lava Jato.
condenado nesta terça-feira (13) a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio
Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A sentença foi proferida pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro (12 vezes) em processo a que ele
responde no âmbito da Operação Lava Jato.
“O
crime insere-se em um contexto mais amplo, revelado nestes mesmos autos, da
cobrança sistemática pelo ex-governador e seu grupo de um percentual de propina
incidente sobre toda obra pública no Estado do Rio de Janeiro”, diz Moro
na sentença. Além da pena de reclusão, cabral deve pagar uma multa de cerca de
R$ 528 mil.
crime insere-se em um contexto mais amplo, revelado nestes mesmos autos, da
cobrança sistemática pelo ex-governador e seu grupo de um percentual de propina
incidente sobre toda obra pública no Estado do Rio de Janeiro”, diz Moro
na sentença. Além da pena de reclusão, cabral deve pagar uma multa de cerca de
R$ 528 mil.
O
juiz determinou, ainda, que Cabral terá de responder preso caso decida recorrer
da decisão em primeira instância. A progressão de regime, segundo o despacho,
só deve acontecer após a devolução das vantagens indevidas recebidas.
juiz determinou, ainda, que Cabral terá de responder preso caso decida recorrer
da decisão em primeira instância. A progressão de regime, segundo o despacho,
só deve acontecer após a devolução das vantagens indevidas recebidas.
“A
responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por conseguinte, também
a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do
que a daquele que trai o mandato e a sagrada confiança que o povo nele deposita
para obter ganho próprio”, escreveu Moro na sentença.
responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por conseguinte, também
a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do
que a daquele que trai o mandato e a sagrada confiança que o povo nele deposita
para obter ganho próprio”, escreveu Moro na sentença.
Outros réus
Também
foram condenados o então secretário do governo Cabral Wilson Carlos Carvalho e
o sócio do ex-governador Carlos Emanuel Miranda. Moro absolveu a esposa de
Cabral, Adriana Ancelmo, por falta de provas de autoria e participação nos
crimes. Mônica Carvalho, esposa de Wilson Carlos, foi absolvida pela mesma
razão.
foram condenados o então secretário do governo Cabral Wilson Carlos Carvalho e
o sócio do ex-governador Carlos Emanuel Miranda. Moro absolveu a esposa de
Cabral, Adriana Ancelmo, por falta de provas de autoria e participação nos
crimes. Mônica Carvalho, esposa de Wilson Carlos, foi absolvida pela mesma
razão.
Wilson
Carlos foi sentenciado a 10 anos e 8 meses por corrupção passiva e dois crimes
de lavagem de dinheiro. Carlos Miranda, por sua vez, foi condenado a 12 anos de
prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (quatro vezes).
Carlos foi sentenciado a 10 anos e 8 meses por corrupção passiva e dois crimes
de lavagem de dinheiro. Carlos Miranda, por sua vez, foi condenado a 12 anos de
prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (quatro vezes).
Os
ex-diretores da Andrade Gutierrez Clóvis Peixoto e Rogério Nora também são réus
nesta ação penal. No entanto, ambos firmaram acordo de colaboração premiada com
o Ministério Público Federal (MPF) que, por sua vez, pediu a suspensão do
processo contra eles.
ex-diretores da Andrade Gutierrez Clóvis Peixoto e Rogério Nora também são réus
nesta ação penal. No entanto, ambos firmaram acordo de colaboração premiada com
o Ministério Público Federal (MPF) que, por sua vez, pediu a suspensão do
processo contra eles.